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Feel Me

Sou tudo o que escrevo e escrever é o que me move!

Feel Me

Sou tudo o que escrevo e escrever é o que me move!

Dom | 29.04.12

Saw You!

sueamado
Feelme/Saw You!Tema:Contos!
Encontrámo-nos à porta de um centro comercial de uma terra que não nos dizia nada, nem a ti nem a mim, mas que ficava a meio caminho para os dois. A curiosidade que ambos sentíamos em saber como seria a pessoa por detrás da voz já tinha chegado ao ponto de, “I can´t stand it any longer”. Sempre que falava-mos ao telefone, sobre os mais diversos assuntos, os timbres, sobretudo o meu como teimavas em dizer, fazia-nos enlouquecer de vontade. Eu aparento sempre uma tranquilidade enganadora, e tu, um desespero inexplicável.

- Calma miúdo, por que estás tão ansioso?

- Miúdo, eu? Pois, deixas-me assim, a tua voz enlouquece-me.

- Imagina que te desiludes.

- Nem pensar, estou mais do que certo de que vais corresponder ao que imagino de ti.


Interessante como eu não imaginava absolutamente nada de ti, nem face, nem expressões, absolutamente nada, julgo que seria auto - defesa, mas na verdade não criei expectativas, não queria e não podia.

Identificaste-me pelo carro e pelos cabelos compridos cor de cobre. A tonalidade era demasiado invulgar e contrastava com os olhos enormes de um verde - escuro melancólico sob umas pestanas longas e igualmente acobreadas. Nunca passava despercebida em lugar algum, mesmo que assim o desejasse. O meu metro e setenta sob umas longas pernas e um busto generoso compunham o restante quadro.


- Uau! Eu imaginava, mas assim? Que mulherão!

Larguei-te um sorriso rasgado, estava tranquila por fora, mas sentia um leve tremor interior, tu tinhas atrás de ti um sinal de perigo e agora já o tinha desrespeitado. Apareceste-me enorme, de ombros largos e com um olhar que inspirava confiança. Demos um longo abraço, cheirei-te intensamente, entranhaste-te em mim e nas minhas roupas. Adorei o teu sorriso e os teus lábios carnudos e rosados. Tive uma vontade enorme de os beijar, mas controlei-me e dei-te a face que beijaste longamente e bem junto aos meus lábios. Sussurraste-me que eu era bem mais do que alguma vez poderias imaginar. Sentámo-nos a beber um café que sobrou na chávena. Queríamos falar de tudo, sobre tudo o que nos interessava, as pessoas à nossa volta não importavam, não as víamos sequer.

- Vamos para um lugar mais tranquilo?

- Sim, vamos - respondi-te eu sem sequer supor que o que já pretendias era ter-me, mas acabámos na garagem do centro, dentro do teu carro, com um cd de música espanhola, suave e muito agradável. Lembro-me que te perguntei quem cantava, mas rápido me esqueci do nome e só te escutei a ti. Tiraste o casaco que deixaste no banco de trás do carro e assim que te sentaste ao meu lado, agarraste-me a cara, que aninhaste em ambas as mãos, e deste-me o beijo mais quente, doce e reconfortante que alguma vez recebi. Correspondi totalmente para meu enorme espanto, não te desviei ou tentei que parasses, durou uma eternidade, não foi sôfrego nem desesperado, foi intenso, cheio de vontade, de nós, do que já ansiávamos há muito, foi o beijo que qualquer mulher deseja. Nesses longos, breves segundos, foste totalmente meu, passaste-me tudo o que sabes e és.

- Porque olhas para mim assim?

- Porque és igualmente bonita por dentro e por fora. Tens noção que acabámos de fazer amor? Sentiste o mesmo que eu, ou fui demasiado rápido para o que esperavas?

- Foste tudo, até o que não esperava. Que bom que vim, que te conheci.

- Estás a pensar no depois?

- Não meu querido, o depois ainda não chegou, o agora és tu, aqui, comigo. Não quero usar palavras que não falem do que sinto, simplesmente porque não adiantariam.

Ficámos um par de horas mais, aninhados um no outro, a sentirmo-nos e a falarmos de nós. Contámos coisas triviais das nossas vidas, demos boas gargalhadas e olhámo-nos bem fundo. Não tínhamos urgência para chegar onde quer que fosse, e nem sequer sabíamos se algo estaria a começar, ou se pelo contrário eramos apenas duas pessoas a usufruírem uma da outra. Foi bonito, intenso e ao mesmo tempo pacífico, saí de ti cheia de vontade de construir coisas novas para mim, de estar sempre onde verdadeiramente fizesse a diferença. Vou passar a querer cada dia mais do muito que ainda preciso de ter para ser uma mulher completa e tu, tu vais estar sempre no meu pedaço de história. Tu já és parte de mim!


Dom | 29.04.12

Saw You!

sueamado
Feelme/Saw You!Tema:Contos!
Encontrámo-nos à porta de um centro comercial de uma terra que não nos dizia nada, nem a ti nem a mim, mas que ficava a meio caminho para os dois. A curiosidade que ambos sentíamos em saber como seria a pessoa por detrás da voz já tinha chegado ao ponto de, “I can´t stand it any longer”. Sempre que falava-mos ao telefone, sobre os mais diversos assuntos, os timbres, sobretudo o meu como teimavas em dizer, fazia-nos enlouquecer de vontade. Eu aparento sempre uma tranquilidade enganadora, e tu, um desespero inexplicável.

- Calma miúdo, por que estás tão ansioso?

- Miúdo, eu? Pois, deixas-me assim, a tua voz enlouquece-me.

- Imagina que te desiludes.

- Nem pensar, estou mais do que certo de que vais corresponder ao que imagino de ti.


Interessante como eu não imaginava absolutamente nada de ti, nem face, nem expressões, absolutamente nada, julgo que seria auto - defesa, mas na verdade não criei expectativas, não queria e não podia.

Identificaste-me pelo carro e pelos cabelos compridos cor de cobre. A tonalidade era demasiado invulgar e contrastava com os olhos enormes de um verde - escuro melancólico sob umas pestanas longas e igualmente acobreadas. Nunca passava despercebida em lugar algum, mesmo que assim o desejasse. O meu metro e setenta sob umas longas pernas e um busto generoso compunham o restante quadro.


- Uau! Eu imaginava, mas assim? Que mulherão!

Larguei-te um sorriso rasgado, estava tranquila por fora, mas sentia um leve tremor interior, tu tinhas atrás de ti um sinal de perigo e agora já o tinha desrespeitado. Apareceste-me enorme, de ombros largos e com um olhar que inspirava confiança. Demos um longo abraço, cheirei-te intensamente, entranhaste-te em mim e nas minhas roupas. Adorei o teu sorriso e os teus lábios carnudos e rosados. Tive uma vontade enorme de os beijar, mas controlei-me e dei-te a face que beijaste longamente e bem junto aos meus lábios. Sussurraste-me que eu era bem mais do que alguma vez poderias imaginar. Sentámo-nos a beber um café que sobrou na chávena. Queríamos falar de tudo, sobre tudo o que nos interessava, as pessoas à nossa volta não importavam, não as víamos sequer.

- Vamos para um lugar mais tranquilo?

- Sim, vamos - respondi-te eu sem sequer supor que o que já pretendias era ter-me, mas acabámos na garagem do centro, dentro do teu carro, com um cd de música espanhola, suave e muito agradável. Lembro-me que te perguntei quem cantava, mas rápido me esqueci do nome e só te escutei a ti. Tiraste o casaco que deixaste no banco de trás do carro e assim que te sentaste ao meu lado, agarraste-me a cara, que aninhaste em ambas as mãos, e deste-me o beijo mais quente, doce e reconfortante que alguma vez recebi. Correspondi totalmente para meu enorme espanto, não te desviei ou tentei que parasses, durou uma eternidade, não foi sôfrego nem desesperado, foi intenso, cheio de vontade, de nós, do que já ansiávamos há muito, foi o beijo que qualquer mulher deseja. Nesses longos, breves segundos, foste totalmente meu, passaste-me tudo o que sabes e és.

- Porque olhas para mim assim?

- Porque és igualmente bonita por dentro e por fora. Tens noção que acabámos de fazer amor? Sentiste o mesmo que eu, ou fui demasiado rápido para o que esperavas?

- Foste tudo, até o que não esperava. Que bom que vim, que te conheci.

- Estás a pensar no depois?

- Não meu querido, o depois ainda não chegou, o agora és tu, aqui, comigo. Não quero usar palavras que não falem do que sinto, simplesmente porque não adiantariam.

Ficámos um par de horas mais, aninhados um no outro, a sentirmo-nos e a falarmos de nós. Contámos coisas triviais das nossas vidas, demos boas gargalhadas e olhámo-nos bem fundo. Não tínhamos urgência para chegar onde quer que fosse, e nem sequer sabíamos se algo estaria a começar, ou se pelo contrário eramos apenas duas pessoas a usufruírem uma da outra. Foi bonito, intenso e ao mesmo tempo pacífico, saí de ti cheia de vontade de construir coisas novas para mim, de estar sempre onde verdadeiramente fizesse a diferença. Vou passar a querer cada dia mais do muito que ainda preciso de ter para ser uma mulher completa e tu, tu vais estar sempre no meu pedaço de história. Tu já és parte de mim!


Dom | 29.04.12

Saw You!

sueamado
Feelme/Saw You!Tema:Contos!
Encontrámo-nos à porta de um centro comercial de uma terra que não nos dizia nada, nem a ti nem a mim, mas que ficava a meio caminho para os dois. A curiosidade que ambos sentíamos em saber como seria a pessoa por detrás da voz já tinha chegado ao ponto de, “I can´t stand it any longer”. Sempre que falava-mos ao telefone, sobre os mais diversos assuntos, os timbres, sobretudo o meu como teimavas em dizer, fazia-nos enlouquecer de vontade. Eu aparento sempre uma tranquilidade enganadora, e tu, um desespero inexplicável.

- Calma miúdo, por que estás tão ansioso?

- Miúdo, eu? Pois, deixas-me assim, a tua voz enlouquece-me.

- Imagina que te desiludes.

- Nem pensar, estou mais do que certo de que vais corresponder ao que imagino de ti.


Interessante como eu não imaginava absolutamente nada de ti, nem face, nem expressões, absolutamente nada, julgo que seria auto - defesa, mas na verdade não criei expectativas, não queria e não podia.

Identificaste-me pelo carro e pelos cabelos compridos cor de cobre. A tonalidade era demasiado invulgar e contrastava com os olhos enormes de um verde - escuro melancólico sob umas pestanas longas e igualmente acobreadas. Nunca passava despercebida em lugar algum, mesmo que assim o desejasse. O meu metro e setenta sob umas longas pernas e um busto generoso compunham o restante quadro.


- Uau! Eu imaginava, mas assim? Que mulherão!

Larguei-te um sorriso rasgado, estava tranquila por fora, mas sentia um leve tremor interior, tu tinhas atrás de ti um sinal de perigo e agora já o tinha desrespeitado. Apareceste-me enorme, de ombros largos e com um olhar que inspirava confiança. Demos um longo abraço, cheirei-te intensamente, entranhaste-te em mim e nas minhas roupas. Adorei o teu sorriso e os teus lábios carnudos e rosados. Tive uma vontade enorme de os beijar, mas controlei-me e dei-te a face que beijaste longamente e bem junto aos meus lábios. Sussurraste-me que eu era bem mais do que alguma vez poderias imaginar. Sentámo-nos a beber um café que sobrou na chávena. Queríamos falar de tudo, sobre tudo o que nos interessava, as pessoas à nossa volta não importavam, não as víamos sequer.

- Vamos para um lugar mais tranquilo?

- Sim, vamos - respondi-te eu sem sequer supor que o que já pretendias era ter-me, mas acabámos na garagem do centro, dentro do teu carro, com um cd de música espanhola, suave e muito agradável. Lembro-me que te perguntei quem cantava, mas rápido me esqueci do nome e só te escutei a ti. Tiraste o casaco que deixaste no banco de trás do carro e assim que te sentaste ao meu lado, agarraste-me a cara, que aninhaste em ambas as mãos, e deste-me o beijo mais quente, doce e reconfortante que alguma vez recebi. Correspondi totalmente para meu enorme espanto, não te desviei ou tentei que parasses, durou uma eternidade, não foi sôfrego nem desesperado, foi intenso, cheio de vontade, de nós, do que já ansiávamos há muito, foi o beijo que qualquer mulher deseja. Nesses longos, breves segundos, foste totalmente meu, passaste-me tudo o que sabes e és.

- Porque olhas para mim assim?

- Porque és igualmente bonita por dentro e por fora. Tens noção que acabámos de fazer amor? Sentiste o mesmo que eu, ou fui demasiado rápido para o que esperavas?

- Foste tudo, até o que não esperava. Que bom que vim, que te conheci.

- Estás a pensar no depois?

- Não meu querido, o depois ainda não chegou, o agora és tu, aqui, comigo. Não quero usar palavras que não falem do que sinto, simplesmente porque não adiantariam.

Ficámos um par de horas mais, aninhados um no outro, a sentirmo-nos e a falarmos de nós. Contámos coisas triviais das nossas vidas, demos boas gargalhadas e olhámo-nos bem fundo. Não tínhamos urgência para chegar onde quer que fosse, e nem sequer sabíamos se algo estaria a começar, ou se pelo contrário eramos apenas duas pessoas a usufruírem uma da outra. Foi bonito, intenso e ao mesmo tempo pacífico, saí de ti cheia de vontade de construir coisas novas para mim, de estar sempre onde verdadeiramente fizesse a diferença. Vou passar a querer cada dia mais do muito que ainda preciso de ter para ser uma mulher completa e tu, tu vais estar sempre no meu pedaço de história. Tu já és parte de mim!


Dom | 29.04.12

Saw You!

sueamado

Encontrámo-nos à porta de um centro comercial de uma terra que não nos dizia nada, nem a ti nem a mim, mas que ficava a meio caminho para os dois. A curiosidade que ambos sentíamos em saber como seria a pessoa por detrás da voz já tinha chegado ao ponto de, “I can´t stand it any longer”. Sempre que falava-mos ao telefone, sobre os mais diversos assuntos, os timbres, sobretudo o meu como teimavas em dizer, fazia-nos enlouquecer de vontade. Eu aparento sempre uma tranquilidade enganadora, e tu, um desespero inexplicável.

- Calma miúdo, por que estás tão ansioso?

- Miúdo, eu? Pois, deixas-me assim, a tua voz enlouquece-me.

- Imagina que te desiludes.

- Nem pensar, estou mais do que certo de que vais corresponder ao que imagino de ti.


Interessante como eu não imaginava absolutamente nada de ti, nem face, nem expressões, absolutamente nada, julgo que seria auto - defesa, mas na verdade não criei expectativas, não queria e não podia.

Identificaste-me pelo carro e pelos cabelos compridos cor de cobre. A tonalidade era demasiado invulgar e contrastava com os olhos enormes de um verde - escuro melancólico sob umas pestanas longas e igualmente acobreadas. Nunca passava despercebida em lugar algum, mesmo que assim o desejasse. O meu metro e setenta sob umas longas pernas e um busto generoso compunham o restante quadro.


- Uau! Eu imaginava, mas assim? Que mulherão!

Larguei-te um sorriso rasgado, estava tranquila por fora, mas sentia um leve tremor interior, tu tinhas atrás de ti um sinal de perigo e agora já o tinha desrespeitado. Apareceste-me enorme, de ombros largos e com um olhar que inspirava confiança. Demos um longo abraço, cheirei-te intensamente, entranhaste-te em mim e nas minhas roupas. Adorei o teu sorriso e os teus lábios carnudos e rosados. Tive uma vontade enorme de os beijar, mas controlei-me e dei-te a face que beijaste longamente e bem junto aos meus lábios. Sussurraste-me que eu era bem mais do que alguma vez poderias imaginar. Sentámo-nos a beber um café que sobrou na chávena. Queríamos falar de tudo, sobre tudo o que nos interessava, as pessoas à nossa volta não importavam, não as víamos sequer.

- Vamos para um lugar mais tranquilo?

- Sim, vamos - respondi-te eu sem sequer supor que o que já pretendias era ter-me, mas acabámos na garagem do centro, dentro do teu carro, com um cd de música espanhola, suave e muito agradável. Lembro-me que te perguntei quem cantava, mas rápido me esqueci do nome e só te escutei a ti. Tiraste o casaco que deixaste no banco de trás do carro e assim que te sentaste ao meu lado, agarraste-me a cara, que aninhaste em ambas as mãos, e deste-me o beijo mais quente, doce e reconfortante que alguma vez recebi. Correspondi totalmente para meu enorme espanto, não te desviei ou tentei que parasses, durou uma eternidade, não foi sôfrego nem desesperado, foi intenso, cheio de vontade, de nós, do que já ansiávamos há muito, foi o beijo que qualquer mulher deseja. Nesses longos, breves segundos, foste totalmente meu, passaste-me tudo o que sabes e és.

- Porque olhas para mim assim?

- Porque és igualmente bonita por dentro e por fora. Tens noção que acabámos de fazer amor? Sentiste o mesmo que eu, ou fui demasiado rápido para o que esperavas?

- Foste tudo, até o que não esperava. Que bom que vim, que te conheci.

- Estás a pensar no depois?

- Não meu querido, o depois ainda não chegou, o agora és tu, aqui, comigo. Não quero usar palavras que não falem do que sinto, simplesmente porque não adiantariam.

Ficámos um par de horas mais, aninhados um no outro, a sentirmo-nos e a falarmos de nós. Contámos coisas triviais das nossas vidas, demos boas gargalhadas e olhámo-nos bem fundo. Não tínhamos urgência para chegar onde quer que fosse, e nem sequer sabíamos se algo estaria a começar, ou se pelo contrário eramos apenas duas pessoas a usufruírem uma da outra. Foi bonito, intenso e ao mesmo tempo pacífico, saí de ti cheia de vontade de construir coisas novas para mim, de estar sempre onde verdadeiramente fizesse a diferença. Vou passar a querer cada dia mais do muito que ainda preciso de ter para ser uma mulher completa e tu, tu vais estar sempre no meu pedaço de história. Tu já és parte de mim!


Dom | 29.04.12

Saw You!

sueamado

Encontrámo-nos à porta de um centro comercial de uma terra que não nos dizia nada, nem a ti nem a mim, mas que ficava a meio caminho para os dois. A curiosidade que ambos sentíamos em saber como seria a pessoa por detrás da voz já tinha chegado ao ponto de, “I can´t stand it any longer”. Sempre que falava-mos ao telefone, sobre os mais diversos assuntos, os timbres, sobretudo o meu como teimavas em dizer, fazia-nos enlouquecer de vontade. Eu aparento sempre uma tranquilidade enganadora, e tu, um desespero inexplicável.

- Calma miúdo, por que estás tão ansioso?

- Miúdo, eu? Pois, deixas-me assim, a tua voz enlouquece-me.

- Imagina que te desiludes.

- Nem pensar, estou mais do que certo de que vais corresponder ao que imagino de ti.


Interessante como eu não imaginava absolutamente nada de ti, nem face, nem expressões, absolutamente nada, julgo que seria auto - defesa, mas na verdade não criei expectativas, não queria e não podia.

Identificaste-me pelo carro e pelos cabelos compridos cor de cobre. A tonalidade era demasiado invulgar e contrastava com os olhos enormes de um verde - escuro melancólico sob umas pestanas longas e igualmente acobreadas. Nunca passava despercebida em lugar algum, mesmo que assim o desejasse. O meu metro e setenta sob umas longas pernas e um busto generoso compunham o restante quadro.


- Uau! Eu imaginava, mas assim? Que mulherão!

Larguei-te um sorriso rasgado, estava tranquila por fora, mas sentia um leve tremor interior, tu tinhas atrás de ti um sinal de perigo e agora já o tinha desrespeitado. Apareceste-me enorme, de ombros largos e com um olhar que inspirava confiança. Demos um longo abraço, cheirei-te intensamente, entranhaste-te em mim e nas minhas roupas. Adorei o teu sorriso e os teus lábios carnudos e rosados. Tive uma vontade enorme de os beijar, mas controlei-me e dei-te a face que beijaste longamente e bem junto aos meus lábios. Sussurraste-me que eu era bem mais do que alguma vez poderias imaginar. Sentámo-nos a beber um café que sobrou na chávena. Queríamos falar de tudo, sobre tudo o que nos interessava, as pessoas à nossa volta não importavam, não as víamos sequer.

- Vamos para um lugar mais tranquilo?

- Sim, vamos - respondi-te eu sem sequer supor que o que já pretendias era ter-me, mas acabámos na garagem do centro, dentro do teu carro, com um cd de música espanhola, suave e muito agradável. Lembro-me que te perguntei quem cantava, mas rápido me esqueci do nome e só te escutei a ti. Tiraste o casaco que deixaste no banco de trás do carro e assim que te sentaste ao meu lado, agarraste-me a cara, que aninhaste em ambas as mãos, e deste-me o beijo mais quente, doce e reconfortante que alguma vez recebi. Correspondi totalmente para meu enorme espanto, não te desviei ou tentei que parasses, durou uma eternidade, não foi sôfrego nem desesperado, foi intenso, cheio de vontade, de nós, do que já ansiávamos há muito, foi o beijo que qualquer mulher deseja. Nesses longos, breves segundos, foste totalmente meu, passaste-me tudo o que sabes e és.

- Porque olhas para mim assim?

- Porque és igualmente bonita por dentro e por fora. Tens noção que acabámos de fazer amor? Sentiste o mesmo que eu, ou fui demasiado rápido para o que esperavas?

- Foste tudo, até o que não esperava. Que bom que vim, que te conheci.

- Estás a pensar no depois?

- Não meu querido, o depois ainda não chegou, o agora és tu, aqui, comigo. Não quero usar palavras que não falem do que sinto, simplesmente porque não adiantariam.

Ficámos um par de horas mais, aninhados um no outro, a sentirmo-nos e a falarmos de nós. Contámos coisas triviais das nossas vidas, demos boas gargalhadas e olhámo-nos bem fundo. Não tínhamos urgência para chegar onde quer que fosse, e nem sequer sabíamos se algo estaria a começar, ou se pelo contrário eramos apenas duas pessoas a usufruírem uma da outra. Foi bonito, intenso e ao mesmo tempo pacífico, saí de ti cheia de vontade de construir coisas novas para mim, de estar sempre onde verdadeiramente fizesse a diferença. Vou passar a querer cada dia mais do muito que ainda preciso de ter para ser uma mulher completa e tu, tu vais estar sempre no meu pedaço de história. Tu já és parte de mim!


Dom | 29.04.12

Saw You!

sueamado

Encontrámo-nos à porta de um centro comercial de uma terra que não nos dizia nada, nem a ti nem a mim, mas que ficava a meio caminho para os dois. A curiosidade que ambos sentíamos em saber como seria a pessoa por detrás da voz já tinha chegado ao ponto de, “I can´t stand it any longer”. Sempre que falava-mos ao telefone, sobre os mais diversos assuntos, os timbres, sobretudo o meu como teimavas em dizer, fazia-nos enlouquecer de vontade. Eu aparento sempre uma tranquilidade enganadora, e tu, um desespero inexplicável.

- Calma miúdo, por que estás tão ansioso?

- Miúdo, eu? Pois, deixas-me assim, a tua voz enlouquece-me.

- Imagina que te desiludes.

- Nem pensar, estou mais do que certo de que vais corresponder ao que imagino de ti.


Interessante como eu não imaginava absolutamente nada de ti, nem face, nem expressões, absolutamente nada, julgo que seria auto - defesa, mas na verdade não criei expectativas, não queria e não podia.

Identificaste-me pelo carro e pelos cabelos compridos cor de cobre. A tonalidade era demasiado invulgar e contrastava com os olhos enormes de um verde - escuro melancólico sob umas pestanas longas e igualmente acobreadas. Nunca passava despercebida em lugar algum, mesmo que assim o desejasse. O meu metro e setenta sob umas longas pernas e um busto generoso compunham o restante quadro.


- Uau! Eu imaginava, mas assim? Que mulherão!

Larguei-te um sorriso rasgado, estava tranquila por fora, mas sentia um leve tremor interior, tu tinhas atrás de ti um sinal de perigo e agora já o tinha desrespeitado. Apareceste-me enorme, de ombros largos e com um olhar que inspirava confiança. Demos um longo abraço, cheirei-te intensamente, entranhaste-te em mim e nas minhas roupas. Adorei o teu sorriso e os teus lábios carnudos e rosados. Tive uma vontade enorme de os beijar, mas controlei-me e dei-te a face que beijaste longamente e bem junto aos meus lábios. Sussurraste-me que eu era bem mais do que alguma vez poderias imaginar. Sentámo-nos a beber um café que sobrou na chávena. Queríamos falar de tudo, sobre tudo o que nos interessava, as pessoas à nossa volta não importavam, não as víamos sequer.

- Vamos para um lugar mais tranquilo?

- Sim, vamos - respondi-te eu sem sequer supor que o que já pretendias era ter-me, mas acabámos na garagem do centro, dentro do teu carro, com um cd de música espanhola, suave e muito agradável. Lembro-me que te perguntei quem cantava, mas rápido me esqueci do nome e só te escutei a ti. Tiraste o casaco que deixaste no banco de trás do carro e assim que te sentaste ao meu lado, agarraste-me a cara, que aninhaste em ambas as mãos, e deste-me o beijo mais quente, doce e reconfortante que alguma vez recebi. Correspondi totalmente para meu enorme espanto, não te desviei ou tentei que parasses, durou uma eternidade, não foi sôfrego nem desesperado, foi intenso, cheio de vontade, de nós, do que já ansiávamos há muito, foi o beijo que qualquer mulher deseja. Nesses longos, breves segundos, foste totalmente meu, passaste-me tudo o que sabes e és.

- Porque olhas para mim assim?

- Porque és igualmente bonita por dentro e por fora. Tens noção que acabámos de fazer amor? Sentiste o mesmo que eu, ou fui demasiado rápido para o que esperavas?

- Foste tudo, até o que não esperava. Que bom que vim, que te conheci.

- Estás a pensar no depois?

- Não meu querido, o depois ainda não chegou, o agora és tu, aqui, comigo. Não quero usar palavras que não falem do que sinto, simplesmente porque não adiantariam.

Ficámos um par de horas mais, aninhados um no outro, a sentirmo-nos e a falarmos de nós. Contámos coisas triviais das nossas vidas, demos boas gargalhadas e olhámo-nos bem fundo. Não tínhamos urgência para chegar onde quer que fosse, e nem sequer sabíamos se algo estaria a começar, ou se pelo contrário eramos apenas duas pessoas a usufruírem uma da outra. Foi bonito, intenso e ao mesmo tempo pacífico, saí de ti cheia de vontade de construir coisas novas para mim, de estar sempre onde verdadeiramente fizesse a diferença. Vou passar a querer cada dia mais do muito que ainda preciso de ter para ser uma mulher completa e tu, tu vais estar sempre no meu pedaço de história. Tu já és parte de mim!


Qua | 25.04.12

Me dancing!

sueamado




Já não me recordava de quando teria saído à noite assim, tranquila, sem amarras, sem horas para regressar, apenas com o intuito de me divertir, de estar com pessoas bonitas, divertidas, vivas. Éramos um grupo de mulheres bastante generoso, ok, exagerado, acho até que assustámos os homens mal entrámos. Cada uma mais bonita do que a outra, sim eu também, claro. Ainda faço voltar muitas cabeças. Ah pois!

No início da noite fui-me deixando ir nos seus risos, olhei em volta, sorri para mim mesma, gostei da sensação de estar descontraída, pronta para me sentir. A música estava ainda suave e consegui seguir alguns olhares que me seguiam, mas eis que começam a tocar o “Would I lie to you”, do Charles & Eddie. Saltou-me a mola, levantei-me e fui dançando languidamente até à pista. Eu sei que quando danço estou viva outra vez, o meu corpo ganha movimentos que me transcendem, sou naturalmente sensual, mas quando danço mato! Culpem a genética se quiserem, ou a minha mistura de sangue africano, mas na verdade tudo no meu corpo vibra logo que a música o atravessa. Foi por isso inevitável ser olhada e admirada, alguém sussurrou que seria impossível olharem-me sem me verem. Algumas pessoas nascem com certos dons, o meu será talvez este, o de alimentar sensações através das que provoco.

Quando finalmente dei pela sua presença, estava quase em cima de mim, de olhar incrédulo e igualmente intenso. Viril, de boca carnuda. Tinha um sorriso indefinido, de desejo, de espanto. Não tive como fugir, nem sequer vontade. Soube-me bem sentir que me desejavam, senti um arrepio na coluna, os meus seios ficaram mais rijos, caramba, afinal estou mesmo viva, desperto emoções e consigo que me façam sentir desejo. Ou será fomeca? Nãaa! Nem todas as pessoas conseguem mexer connosco, este homem estava ali para me mudar a noite, quiçá a vida, e eu queria. Que sensação estranha, mas ao mesmo tempo tão boa por dentro. Estou de vestido preto, bem cintado, de decote generoso, nada exagerado, mas no entanto deixa antever o que tanto enlouquece os homens. De botas altas completo o conjunto, ajuda-me na minha sensação de domínio, de segurança interior. Sei que estou bonita, apetecível, sinto-me arrojada e gosto. Sou eu a dominar!

Sinto o teu abraço forte na minha cintura, estamos bem próximos agora, consigo ouvir a tua respiração descompassada e já não vejo nada à minha volta, para além de mim só estás tu. Desejo-te, quero-te na minha boca, estou bem encostada a ti, esmagas-me os seios, sopras-me nos ouvidos que sou bonita, que te enlouqueço e sentes-me estremecer do prazer que já antecipo. De onde saíste tu? Porque me deixas assim? Será da música?

Eis que me tiras o ar, comprimes os meus lábios, não me dás margem para qualquer movimento, estás dentro da minha boca, da minha alma, sinto a tua língua quente, suave, que se move sem pressas, sei exatamente o que fazer, como te acompanhar, nunca te beijei antes, mas parece que sempre te tive, a tua boca é a que eu desejei. Seguras-me a nuca, sinto o teu prazer encostado em mim. - Quero-te, por favor quero-te, consigo sussurrar.

- Estás a ter-me, estás a sentir a minha vontade de ti. 
A música está a terminar, já vislumbro os olhares incrédulos das minhas amigas que nunca antes me viram enlouquecer e perder as estribeiras. Algumas sorriem, outras quase que aplaudem e eu por dentro estou mais inteira. Se não tiver mais nada de ti, tive o bastante. Trouxeste-me de volta a certeza de que é possível, algures, ao som de qualquer música, sentir a nossa natureza em força. A tua voz determinada e viril, os teus lábios suaves, doces e irresistíveis deram-me o mundo de volta. Fiz amor contigo, tive o prazer que muitos corpos jamais sentiram mesmo sem que tenhas estado dentro de mim.

Já tudo se calou, os sons e as cores e até as vozes que ecoaram sem palavras. Passou a noite onde o meu corpo encontrou outro que lhe encheu e preencheu como nunca achara possível. Ainda carrego o teu cheiro e sei o sabor dos teus lábios. Estás tatuado nos meus sons, nos movimentos que o meu corpo solta sem o meu controle. Foi a dançar que te tive e vou querer a tua boca outra vez. Um dia, numa outra música!
Qua | 25.04.12

Me dancing!

sueamado




Já não me recordava de quando teria saído à noite assim, tranquila, sem amarras, sem horas para regressar, apenas com o intuito de me divertir, de estar com pessoas bonitas, divertidas, vivas. Éramos um grupo de mulheres bastante generoso, ok, exagerado, acho até que assustámos os homens mal entrámos. Cada uma mais bonita do que a outra, sim eu também, claro. Ainda faço voltar muitas cabeças. Ah pois!

No início da noite fui-me deixando ir nos seus risos, olhei em volta, sorri para mim mesma, gostei da sensação de estar descontraída, pronta para me sentir. A música estava ainda suave e consegui seguir alguns olhares que me seguiam, mas eis que começam a tocar o “Would I lie to you”, do Charles & Eddie. Saltou-me a mola, levantei-me e fui dançando languidamente até à pista. Eu sei que quando danço estou viva outra vez, o meu corpo ganha movimentos que me transcendem, sou naturalmente sensual, mas quando danço mato! Culpem a genética se quiserem, ou a minha mistura de sangue africano, mas na verdade tudo no meu corpo vibra logo que a música o atravessa. Foi por isso inevitável ser olhada e admirada, alguém sussurrou que seria impossível olharem-me sem me verem. Algumas pessoas nascem com certos dons, o meu será talvez este, o de alimentar sensações através das que provoco.

Quando finalmente dei pela sua presença, estava quase em cima de mim, de olhar incrédulo e igualmente intenso. Viril, de boca carnuda. Tinha um sorriso indefinido, de desejo, de espanto. Não tive como fugir, nem sequer vontade. Soube-me bem sentir que me desejavam, senti um arrepio na coluna, os meus seios ficaram mais rijos, caramba, afinal estou mesmo viva, desperto emoções e consigo que me façam sentir desejo. Ou será fomeca? Nãaa! Nem todas as pessoas conseguem mexer connosco, este homem estava ali para me mudar a noite, quiçá a vida, e eu queria. Que sensação estranha, mas ao mesmo tempo tão boa por dentro. Estou de vestido preto, bem cintado, de decote generoso, nada exagerado, mas no entanto deixa antever o que tanto enlouquece os homens. De botas altas completo o conjunto, ajuda-me na minha sensação de domínio, de segurança interior. Sei que estou bonita, apetecível, sinto-me arrojada e gosto. Sou eu a dominar!

Sinto o teu abraço forte na minha cintura, estamos bem próximos agora, consigo ouvir a tua respiração descompassada e já não vejo nada à minha volta, para além de mim só estás tu. Desejo-te, quero-te na minha boca, estou bem encostada a ti, esmagas-me os seios, sopras-me nos ouvidos que sou bonita, que te enlouqueço e sentes-me estremecer do prazer que já antecipo. De onde saíste tu? Porque me deixas assim? Será da música?

Eis que me tiras o ar, comprimes os meus lábios, não me dás margem para qualquer movimento, estás dentro da minha boca, da minha alma, sinto a tua língua quente, suave, que se move sem pressas, sei exatamente o que fazer, como te acompanhar, nunca te beijei antes, mas parece que sempre te tive, a tua boca é a que eu desejei. Seguras-me a nuca, sinto o teu prazer encostado em mim. - Quero-te, por favor quero-te, consigo sussurrar.

- Estás a ter-me, estás a sentir a minha vontade de ti. 
A música está a terminar, já vislumbro os olhares incrédulos das minhas amigas que nunca antes me viram enlouquecer e perder as estribeiras. Algumas sorriem, outras quase que aplaudem e eu por dentro estou mais inteira. Se não tiver mais nada de ti, tive o bastante. Trouxeste-me de volta a certeza de que é possível, algures, ao som de qualquer música, sentir a nossa natureza em força. A tua voz determinada e viril, os teus lábios suaves, doces e irresistíveis deram-me o mundo de volta. Fiz amor contigo, tive o prazer que muitos corpos jamais sentiram mesmo sem que tenhas estado dentro de mim.

Já tudo se calou, os sons e as cores e até as vozes que ecoaram sem palavras. Passou a noite onde o meu corpo encontrou outro que lhe encheu e preencheu como nunca achara possível. Ainda carrego o teu cheiro e sei o sabor dos teus lábios. Estás tatuado nos meus sons, nos movimentos que o meu corpo solta sem o meu controle. Foi a dançar que te tive e vou querer a tua boca outra vez. Um dia, numa outra música!
Qua | 25.04.12

Me dancing!

sueamado




Já não me recordava de quando teria saído à noite assim, tranquila, sem amarras, sem horas para regressar, apenas com o intuito de me divertir, de estar com pessoas bonitas, divertidas, vivas. Éramos um grupo de mulheres bastante generoso, ok, exagerado, acho até que assustámos os homens mal entrámos. Cada uma mais bonita do que a outra, sim eu também, claro. Ainda faço voltar muitas cabeças. Ah pois!

No início da noite fui-me deixando ir nos seus risos, olhei em volta, sorri para mim mesma, gostei da sensação de estar descontraída, pronta para me sentir. A música estava ainda suave e consegui seguir alguns olhares que me seguiam, mas eis que começam a tocar o “Would I lie to you”, do Charles & Eddie. Saltou-me a mola, levantei-me e fui dançando languidamente até à pista. Eu sei que quando danço estou viva outra vez, o meu corpo ganha movimentos que me transcendem, sou naturalmente sensual, mas quando danço mato! Culpem a genética se quiserem, ou a minha mistura de sangue africano, mas na verdade tudo no meu corpo vibra logo que a música o atravessa. Foi por isso inevitável ser olhada e admirada, alguém sussurrou que seria impossível olharem-me sem me verem. Algumas pessoas nascem com certos dons, o meu será talvez este, o de alimentar sensações através das que provoco.

Quando finalmente dei pela sua presença, estava quase em cima de mim, de olhar incrédulo e igualmente intenso. Viril, de boca carnuda. Tinha um sorriso indefinido, de desejo, de espanto. Não tive como fugir, nem sequer vontade. Soube-me bem sentir que me desejavam, senti um arrepio na coluna, os meus seios ficaram mais rijos, caramba, afinal estou mesmo viva, desperto emoções e consigo que me façam sentir desejo. Ou será fomeca? Nãaa! Nem todas as pessoas conseguem mexer connosco, este homem estava ali para me mudar a noite, quiçá a vida, e eu queria. Que sensação estranha, mas ao mesmo tempo tão boa por dentro. Estou de vestido preto, bem cintado, de decote generoso, nada exagerado, mas no entanto deixa antever o que tanto enlouquece os homens. De botas altas completo o conjunto, ajuda-me na minha sensação de domínio, de segurança interior. Sei que estou bonita, apetecível, sinto-me arrojada e gosto. Sou eu a dominar!

Sinto o teu abraço forte na minha cintura, estamos bem próximos agora, consigo ouvir a tua respiração descompassada e já não vejo nada à minha volta, para além de mim só estás tu. Desejo-te, quero-te na minha boca, estou bem encostada a ti, esmagas-me os seios, sopras-me nos ouvidos que sou bonita, que te enlouqueço e sentes-me estremecer do prazer que já antecipo. De onde saíste tu? Porque me deixas assim? Será da música?

Eis que me tiras o ar, comprimes os meus lábios, não me dás margem para qualquer movimento, estás dentro da minha boca, da minha alma, sinto a tua língua quente, suave, que se move sem pressas, sei exatamente o que fazer, como te acompanhar, nunca te beijei antes, mas parece que sempre te tive, a tua boca é a que eu desejei. Seguras-me a nuca, sinto o teu prazer encostado em mim. - Quero-te, por favor quero-te, consigo sussurrar.

- Estás a ter-me, estás a sentir a minha vontade de ti. 
A música está a terminar, já vislumbro os olhares incrédulos das minhas amigas que nunca antes me viram enlouquecer e perder as estribeiras. Algumas sorriem, outras quase que aplaudem e eu por dentro estou mais inteira. Se não tiver mais nada de ti, tive o bastante. Trouxeste-me de volta a certeza de que é possível, algures, ao som de qualquer música, sentir a nossa natureza em força. A tua voz determinada e viril, os teus lábios suaves, doces e irresistíveis deram-me o mundo de volta. Fiz amor contigo, tive o prazer que muitos corpos jamais sentiram mesmo sem que tenhas estado dentro de mim.

Já tudo se calou, os sons e as cores e até as vozes que ecoaram sem palavras. Passou a noite onde o meu corpo encontrou outro que lhe encheu e preencheu como nunca achara possível. Ainda carrego o teu cheiro e sei o sabor dos teus lábios. Estás tatuado nos meus sons, nos movimentos que o meu corpo solta sem o meu controle. Foi a dançar que te tive e vou querer a tua boca outra vez. Um dia, numa outra música!
Qua | 25.04.12

Me dancing!

sueamado




Já não me recordava de quando teria saído à noite assim, tranquila, sem amarras, sem horas para regressar, apenas com o intuito de me divertir, de estar com pessoas bonitas, divertidas, vivas. Éramos um grupo de mulheres bastante generoso, ok, exagerado, acho até que assustámos os homens mal entrámos. Cada uma mais bonita do que a outra, sim eu também, claro. Ainda faço voltar muitas cabeças. Ah pois!

No início da noite fui-me deixando ir nos seus risos, olhei em volta, sorri para mim mesma, gostei da sensação de estar descontraída, pronta para me sentir. A música estava ainda suave e consegui seguir alguns olhares que me seguiam, mas eis que começam a tocar o “Would I lie to you”, do Charles & Eddie. Saltou-me a mola, levantei-me e fui dançando languidamente até à pista. Eu sei que quando danço estou viva outra vez, o meu corpo ganha movimentos que me transcendem, sou naturalmente sensual, mas quando danço mato! Culpem a genética se quiserem, ou a minha mistura de sangue africano, mas na verdade tudo no meu corpo vibra logo que a música o atravessa. Foi por isso inevitável ser olhada e admirada, alguém sussurrou que seria impossível olharem-me sem me verem. Algumas pessoas nascem com certos dons, o meu será talvez este, o de alimentar sensações através das que provoco.

Quando finalmente dei pela sua presença, estava quase em cima de mim, de olhar incrédulo e igualmente intenso. Viril, de boca carnuda. Tinha um sorriso indefinido, de desejo, de espanto. Não tive como fugir, nem sequer vontade. Soube-me bem sentir que me desejavam, senti um arrepio na coluna, os meus seios ficaram mais rijos, caramba, afinal estou mesmo viva, desperto emoções e consigo que me façam sentir desejo. Ou será fomeca? Nãaa! Nem todas as pessoas conseguem mexer connosco, este homem estava ali para me mudar a noite, quiçá a vida, e eu queria. Que sensação estranha, mas ao mesmo tempo tão boa por dentro. Estou de vestido preto, bem cintado, de decote generoso, nada exagerado, mas no entanto deixa antever o que tanto enlouquece os homens. De botas altas completo o conjunto, ajuda-me na minha sensação de domínio, de segurança interior. Sei que estou bonita, apetecível, sinto-me arrojada e gosto. Sou eu a dominar!

Sinto o teu abraço forte na minha cintura, estamos bem próximos agora, consigo ouvir a tua respiração descompassada e já não vejo nada à minha volta, para além de mim só estás tu. Desejo-te, quero-te na minha boca, estou bem encostada a ti, esmagas-me os seios, sopras-me nos ouvidos que sou bonita, que te enlouqueço e sentes-me estremecer do prazer que já antecipo. De onde saíste tu? Porque me deixas assim? Será da música?

Eis que me tiras o ar, comprimes os meus lábios, não me dás margem para qualquer movimento, estás dentro da minha boca, da minha alma, sinto a tua língua quente, suave, que se move sem pressas, sei exatamente o que fazer, como te acompanhar, nunca te beijei antes, mas parece que sempre te tive, a tua boca é a que eu desejei. Seguras-me a nuca, sinto o teu prazer encostado em mim. - Quero-te, por favor quero-te, consigo sussurrar.

- Estás a ter-me, estás a sentir a minha vontade de ti. 
A música está a terminar, já vislumbro os olhares incrédulos das minhas amigas que nunca antes me viram enlouquecer e perder as estribeiras. Algumas sorriem, outras quase que aplaudem e eu por dentro estou mais inteira. Se não tiver mais nada de ti, tive o bastante. Trouxeste-me de volta a certeza de que é possível, algures, ao som de qualquer música, sentir a nossa natureza em força. A tua voz determinada e viril, os teus lábios suaves, doces e irresistíveis deram-me o mundo de volta. Fiz amor contigo, tive o prazer que muitos corpos jamais sentiram mesmo sem que tenhas estado dentro de mim.

Já tudo se calou, os sons e as cores e até as vozes que ecoaram sem palavras. Passou a noite onde o meu corpo encontrou outro que lhe encheu e preencheu como nunca achara possível. Ainda carrego o teu cheiro e sei o sabor dos teus lábios. Estás tatuado nos meus sons, nos movimentos que o meu corpo solta sem o meu controle. Foi a dançar que te tive e vou querer a tua boca outra vez. Um dia, numa outra música!

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