O que tu chamas de amor, não tem, de TODO, a mesma definição para mim. Não quero parecer pretensiosa, armando-me em conhecedora da vida e dos sentimentos, mas o amor éMUITOmais do que lhe chamas.
Parece que o desafio deste novo milénio é o de procurarmos respostas para as inúmeras perguntas que já se pensavam antes, mas que ninguém se atrevia a colocar, porque ninguém parece saber o que anda a fazer por aqui. A maioria agarra-se, com unhas e dentes, ao mundo que sempre conheceu e mesmo que arrisque desmoronar-se com ele, não arreda pé e recusa a mudança. Mudar é mesmo trabalhoso e pode até trazer algumas dores, mas também implica crescimento e mais sabedoria.
Queremos modelos que se entendam, expliquem e possam ser colocados nas grelhas de avaliação do mundo e dos comportamentos, como se isso fosse possível. Queremos, e vou usando o plural, porque pareço ser tão pouco normal, que já nem me atrevo a demarcar-me mais. Não tarda sou enviada para o espaço, até houve quem dissesse que sou uma alien.
Será que deixar alguém entrar na nossa vida, aninhando-a em nós e revolvendo o nosso chão para a encaixar não basta? Quantas almas se mantêm a navegar, numa dimensão paralela, em busca de quem poderá nunca chegar, enquanto outras encontram tudo e assim mesmo não se conseguem manter? Chega a ser dolorosamente absurdo, não me conformo e não entendo!
Li no último livro do Gustavo Santos, que a vida é feita de escolhas, até aí já todos chegámos, mas a verdade é que se não as fizermos, alguém acabará a fazê-las por nós.CREDO! Não consigo sequer imaginar de que forma se pode entregar, de bandeja, o melhor de nós, a nossa vida, aos outros.
O que tu chamas de amor, é na realidade um desamor gigantesco que me leva a perguntar quem foi que te magoou tanto para duvidares de tudo o que te oferecem, sem pedir nada em troca, apenas o tal do amor que dizes conhecer? Se te forem negando a oportunidade de apenas sentir e querer, quantas vidas achas que terás que esperar para o recuperares?
Estou a sentir-te agora, neste preciso momento, enquanto todas as partes do meu corpo se movem, numa dança que já conheço, acompanhada dos sons que me dizem tanto, porque estás em cada um. Estou a sentir-te enquanto me solto, em cada movimento, levando a que as minhas pernas saibam, exactamente, o que fazer e quando. Estoua sentir-te com os olhos fechados que ainda assim te conseguem ver e te imaginam, colado a mim, lânguida, pronta, desejosa de um desejo que não passa, não até que te tenha.
Sou feita tanto de sentimentos, quanto de sons, os que servem para me acordar de mim e voltar a funcionar. Sou a que encontra sempre forma de se restaurar, sobretudo quando o despertar não foi o esperado. Sou a que conhece, tão bem, este corpo por onde só tu passas, mesmo quando não estás.
Sou a que te encontra de cada vez que te procura, porque há sempre forma, sobretudo quando o que está do outro lado é o que faz este continuar.
Não paro, não me sossego, não desligo até que toda a forma de te sentir me encha e preencha cada pedaço. Não permito que te vás por muito tempo, porque sei como te manter vivo e à minha espera também. As músicas que vão surgindo, uma a uma, e passeando por mim, são o antídoto milagroso para tanta espera, para cada segundo que sei que não te trará, mas que também te impedirá de partir.
As músicas escolhidas a dedo, fazem-me voltar a mim, a ser quem precisa de funcionar a 1000, estando em todos os lugares em que faço falta. As músicas que escuto, atenta, permitindo que entrem em mim como entrarias se estivesses aqui, para me tocares onde preciso e para não enlouquecer de uma loucura que me levaria até o que nunca ninguém conseguiu arrancar.
Tudo acaba a funcionar outra vez, quando funciono. Quando sou aquela com quem se conta, a que cuida de quem tem que ser cuidado, estando onde é previsível, mesmo que fuja, por segundos, para onde mais ninguém me encontrará, excepto tu, que nunca sais de onde estiver.
Estou a sentir-te agora, neste preciso momento, enquanto todas as partes do meu corpo se movem, numa dança que já conheço, acompanhada dos sons que me dizem tanto, porque estás em cada um. Estou a sentir-te enquanto me solto, em cada movimento, levando a que as minhas pernas saibam, exactamente, o que fazer e quando. Estoua sentir-te com os olhos fechados que ainda assim te conseguem ver e te imaginam, colado a mim, lânguida, pronta, desejosa de um desejo que não passa, não até que te tenha.
Sou feita tanto de sentimentos, quanto de sons, os que servem para me acordar de mim e voltar a funcionar. Sou a que encontra sempre forma de se restaurar, sobretudo quando o despertar não foi o esperado. Sou a que conhece, tão bem, este corpo por onde só tu passas, mesmo quando não estás.
Sou a que te encontra de cada vez que te procura, porque há sempre forma, sobretudo quando o que está do outro lado é o que faz este continuar.
Não paro, não me sossego, não desligo até que toda a forma de te sentir me encha e preencha cada pedaço. Não permito que te vás por muito tempo, porque sei como te manter vivo e à minha espera também. As músicas que vão surgindo, uma a uma, e passeando por mim, são o antídoto milagroso para tanta espera, para cada segundo que sei que não te trará, mas que também te impedirá de partir.
As músicas escolhidas a dedo, fazem-me voltar a mim, a ser quem precisa de funcionar a 1000, estando em todos os lugares em que faço falta. As músicas que escuto, atenta, permitindo que entrem em mim como entrarias se estivesses aqui, para me tocares onde preciso e para não enlouquecer de uma loucura que me levaria até o que nunca ninguém conseguiu arrancar.
Tudo acaba a funcionar outra vez, quando funciono. Quando sou aquela com quem se conta, a que cuida de quem tem que ser cuidado, estando onde é previsível, mesmo que fuja, por segundos, para onde mais ninguém me encontrará, excepto tu, que nunca sais de onde estiver.
Vi-te chegar, de mansinho, mas capaz de derrubar todas as paredes nas quais ninguém se arriscava a encostar. Permiti, nem sei muito bem como, que me lavasses de alguns amores distantes e ainda assim tão presentes que me impediam de sonhar. Sorri, toda eu, com as palavras que já ninguém usava e fui apenas eu outra vez, sem promessas, sem esperas prolongadas e sem lugares que não reconhecesse. Pedi para que fosses paciente, mas desejei que não te segurasses na espera que acabaria por me matar.
- Acho que morreste há algum tempo, mas nem conseguiste perceber.
- Não é o que acontece aos mortos?
Rimos os dois, e rir contigo trás os risos que me poupei, enquanto esbanjava amor sem retorno!
Vi-te por dentro e gostei, talvez porque não me tenhas dado tempo para pensar. Vou ter que deixar, de alguma forma, que me tragas o novo, até o que assusta e quase impede de funcionar, ou de contrário acabarei com o que resta e já me parece tão pouco. Soube que podia. Entendi que devia e permiti-me reencontrar o que terá que ser meu, na tua forma, ou na que finalmente me assentar.
Vi-te chegar, de mansinho, mas capaz de derrubar todas as paredes nas quais ninguém se arriscava a encostar. Permiti, nem sei muito bem como, que me lavasses de alguns amores distantes e ainda assim tão presentes que me impediam de sonhar. Sorri, toda eu, com as palavras que já ninguém usava e fui apenas eu outra vez, sem promessas, sem esperas prolongadas e sem lugares que não reconhecesse. Pedi para que fosses paciente, mas desejei que não te segurasses na espera que acabaria por me matar.
- Acho que morreste há algum tempo, mas nem conseguiste perceber.
- Não é o que acontece aos mortos?
Rimos os dois, e rir contigo trás os risos que me poupei, enquanto esbanjava amor sem retorno!
Vi-te por dentro e gostei, talvez porque não me tenhas dado tempo para pensar. Vou ter que deixar, de alguma forma, que me tragas o novo, até o que assusta e quase impede de funcionar, ou de contrário acabarei com o que resta e já me parece tão pouco. Soube que podia. Entendi que devia e permiti-me reencontrar o que terá que ser meu, na tua forma, ou na que finalmente me assentar.
Não te vou conseguir tirar de mim, não terei forma de te deixar ir, se continuar assim. É o que me dizem!
Tantos a opinar, a esfregarem-me experiências que não se parecem com nada do que eu tenha vivido ou sentido, e eu deixo-me estar, quieta, a ouvi-los sem os ouvir realmente. Apetecia-me fugir, esconder-me debaixo de uma pedra como um crustáceo e apenas sair com a luz da lua, esgueirando-me por entre as sombras que vejo, mas que não são minhas, estão apenas lá...
Se ao menos me soubesses amar como fazias antes, e parasses de pensar demasiado, que tal se deixasses isso para mim, afinal sou eu a mulher e isso é o que sabemos fazer muito bem. Se ao menos eu conseguisse perceber e talvez assim deixar-te ir, mas a verdade é que ainda não estou pronta e não o desejo, não ao ponto de me lavar de ti, e é por isso que vais ficando. Se ao menos o que tivemos bastasse e servisse para pender a balança para o lado certo, para nós. Se ao menos eu te soubesse substituir e aceitar um outro, quem sabe não me surpreenderia.
Dizem-me tantas coisas, que parecem até saber do que somos feitos, eu e tu. Tentam que me recorde do que correu mal, mas eu consigo apenas focar-me no que me deste e me ficou, assim, para não ter outra vontade que não sejas tu mesmo.
É o que me dizem, que assim não voltarei a ser a mesma e que tu me sugavas a alma, mas eu sei mais do que todos eles, sei o poder que tinhas de me fazer feliz e por isso quero mais. Ele dizem, mas não sabem nada...
Não te vou conseguir tirar de mim, não terei forma de te deixar ir, se continuar assim. É o que me dizem!
Tantos a opinar, a esfregarem-me experiências que não se parecem com nada do que eu tenha vivido ou sentido, e eu deixo-me estar, quieta, a ouvi-los sem os ouvir realmente. Apetecia-me fugir, esconder-me debaixo de uma pedra como um crustáceo e apenas sair com a luz da lua, esgueirando-me por entre as sombras que vejo, mas que não são minhas, estão apenas lá...
Se ao menos me soubesses amar como fazias antes, e parasses de pensar demasiado, que tal se deixasses isso para mim, afinal sou eu a mulher e isso é o que sabemos fazer muito bem. Se ao menos eu conseguisse perceber e talvez assim deixar-te ir, mas a verdade é que ainda não estou pronta e não o desejo, não ao ponto de me lavar de ti, e é por isso que vais ficando. Se ao menos o que tivemos bastasse e servisse para pender a balança para o lado certo, para nós. Se ao menos eu te soubesse substituir e aceitar um outro, quem sabe não me surpreenderia.
Dizem-me tantas coisas, que parecem até saber do que somos feitos, eu e tu. Tentam que me recorde do que correu mal, mas eu consigo apenas focar-me no que me deste e me ficou, assim, para não ter outra vontade que não sejas tu mesmo.
É o que me dizem, que assim não voltarei a ser a mesma e que tu me sugavas a alma, mas eu sei mais do que todos eles, sei o poder que tinhas de me fazer feliz e por isso quero mais. Ele dizem, mas não sabem nada...
Não te vou conseguir tirar de mim, não terei forma de te deixar ir, se continuar assim. É o que me dizem!
Tantos a opinar, a esfregarem-me experiências que não se parecem com nada do que eu tenha vivido ou sentido, e eu deixo-me estar, quieta, a ouvi-los sem os ouvir realmente. Apetecia-me fugir, esconder-me debaixo de uma pedra como um crustáceo e apenas sair com a luz da lua, esgueirando-me por entre as sombras que vejo, mas que não são minhas, estão apenas lá...
Se ao menos me soubesses amar como fazias antes, e parasses de pensar demasiado, que tal se deixasses isso para mim, afinal sou eu a mulher e isso é o que sabemos fazer muito bem. Se ao menos eu conseguisse perceber e talvez assim deixar-te ir, mas a verdade é que ainda não estou pronta e não o desejo, não ao ponto de me lavar de ti, e é por isso que vais ficando. Se ao menos o que tivemos bastasse e servisse para pender a balança para o lado certo, para nós. Se ao menos eu te soubesse substituir e aceitar um outro, quem sabe não me surpreenderia.
Dizem-me tantas coisas, que parecem até saber do que somos feitos, eu e tu. Tentam que me recorde do que correu mal, mas eu consigo apenas focar-me no que me deste e me ficou, assim, para não ter outra vontade que não sejas tu mesmo.
É o que me dizem, que assim não voltarei a ser a mesma e que tu me sugavas a alma, mas eu sei mais do que todos eles, sei o poder que tinhas de me fazer feliz e por isso quero mais. Ele dizem, mas não sabem nada...
Por vezes estou assim, sem qualquer cor. Por vezes nada parece fazer efeito e a falta de ti deixa-me vazia e incapaz de me mover. Por vezes queria estar como estou agora, enrolada em mim mesma, sem qualquer sabor, nem o da boca que tantas vezes me beija. Por vezes nem me consigo lembrar da parte do dia em que te tenho verdadeiramente.
Nada me deixa mais sem ser nada, do que a tua ausência. Nada me desmotiva mais do que não saber quando voltas, o que dirás quando me disseres o que já nem me lembro. Nada consegue fazer de mim a pessoa que se entrega, inteira e determinada, quando não nos podemos tocar e o teu toque alimenta-me, dando-me o que te dou de volta.
Do que somos feitos afinal, e porque permitimos que a metade que nos falta domine tudo o resto? O que teremos ainda, que aprender para não corrermos atrás do que já é nosso, apenas se distancia para que o vejamos melhor? Estou sem cor e a precisar que venhas e me tomes, seguro, assegurando-me de que ficaremos bem quando ficarmos juntos. Estou sem cor agora, embalada pelo cinzento que invadiu o céu. Estou sem cor, mas sei que retomarei cada uma assim que o sol abrir e o meu sol, és decididamente, tu.
Por vezes estou assim, sem qualquer cor. Por vezes nada parece fazer efeito e a falta de ti deixa-me vazia e incapaz de me mover. Por vezes queria estar como estou agora, enrolada em mim mesma, sem qualquer sabor, nem o da boca que tantas vezes me beija. Por vezes nem me consigo lembrar da parte do dia em que te tenho verdadeiramente.
Nada me deixa mais sem ser nada, do que a tua ausência. Nada me desmotiva mais do que não saber quando voltas, o que dirás quando me disseres o que já nem me lembro. Nada consegue fazer de mim a pessoa que se entrega, inteira e determinada, quando não nos podemos tocar e o teu toque alimenta-me, dando-me o que te dou de volta.
Do que somos feitos afinal, e porque permitimos que a metade que nos falta domine tudo o resto? O que teremos ainda, que aprender para não corrermos atrás do que já é nosso, apenas se distancia para que o vejamos melhor? Estou sem cor e a precisar que venhas e me tomes, seguro, assegurando-me de que ficaremos bem quando ficarmos juntos. Estou sem cor agora, embalada pelo cinzento que invadiu o céu. Estou sem cor, mas sei que retomarei cada uma assim que o sol abrir e o meu sol, és decididamente, tu.