A magia que chega com os designados momentos especiais, está a ser cada dia menos valorizada e seria bom que entendêssemos que viver não é apenas o que explicamos e rotulamos, há muito mais para além do que todos conseguem ver e catalogar.
Momentos mágicos chegam com tudo aquilo que se nos entra alma dentro e parece preencher cada poro, pensamento e desejo. Os momentos mágicos carregam pessoas diferentes do habitual, as que nos ouvem com atenção e esperam pelo nosso tempo, quando já ninguém parece querer apenas escutar os sons. Todos parecem ter algo para dizer e fazem-no atropelando os que já não dependem do exterior para serem "gente". Nos momentos especiais estão os que nos deixam com vontade de não parar e de voltar a ser inocente e crédulo. Há por aí um punhado de gente pura, sem cargas emocionais danificadas, porque se restaura a cada viagem e é com esses que deveremos querer viajar, usufruindo dos verdadeiros momentos especiais, porque a esses guardaremos com o que restar de nós no final.
O que escasseia, os sentimentos que nos subtraem, tudo o que sabe a nada, porque não trás nada de novo e leva o que temos de melhor, tem que servir para que estejamos apenas onde estamos verdadeiramente, não em metades e nunca com quem não seja especial o bastante para nos fazer ficar. Procuram-se por isso pessoas especiais, das que entendam que a vida é uma oferta diária de reservas pessoais e que apenas tendo muito se dará o bastante.
Os momentos especiais serão os que te fizerem sentido de cada vez que te sentires capaz de dar na proporção do que terás que receber de volta, tudo o resto serão passagens mais ou menos rápidas e raras vezes te levarão onde queiras mesmo permanecer.
Fiquei a olhar, estarrecida, para a frase que me estava a trazer-te de volta, escrevia e apagava a resposta vezes sem conta, receosa de não usar a correcta, a que conseguiria mostrar o quanto a tinha esperado.
- Como é que te poderia esquecer? - Estás bem? Preciso de te ver, tenho saudades de ti e já estou cansado de fingir que não existes e que a tua vida não esteve na minha. - Eu estou aqui, estive sempre, se me queres ver basta que o peças. - E virás? - Sim vou, tu sabes que sim. - Posso ligar-te?
Ainda não tinha respondido e o telefone já tocava. Existem timbres que nos entram bem dentro, que se misturam com o que somos e acabam a permitir-nos sensações que não se explicam. O que aconteceu a seguir, durante as horas que falámos sem conseguir interromper os pensamentos, as perguntas, as dúvidas que nos assolavam, bastou para que nos recuperássemos e para que pudéssemos sentir-nos de novo.
- Já entendeste porque fugi de ti? - Não. O que entendi foi que andaste a perder o tempo que já poderíamos ter usado e apenas para acabares aqui, comigo outra vez.
Não houve promessas, não ainda, apenas desejos que desta vez vamos fazer por concretizar. Estou a caminho, sinto o coração aos saltos de ansiedade, quero ser tocada e beijada por quem um dia reconheci. Beijada e amada até que me doa por dentro, até que todo este tempo sem o ter se reponha e até que me seja devolvido o que já merecia ter há muito!
Fiquei a olhar, estarrecida, para a frase que me estava a trazer-te de volta, escrevia e apagava a resposta vezes sem conta, receosa de não usar a correcta, a que conseguiria mostrar o quanto a tinha esperado.
- Como é que te poderia esquecer? - Estás bem? Preciso de te ver, tenho saudades de ti e já estou cansado de fingir que não existes e que a tua vida não esteve na minha. - Eu estou aqui, estive sempre, se me queres ver basta que o peças. - E virás? - Sim vou, tu sabes que sim. - Posso ligar-te?
Ainda não tinha respondido e o telefone já tocava. Existem timbres que nos entram bem dentro, que se misturam com o que somos e acabam a permitir-nos sensações que não se explicam. O que aconteceu a seguir, durante as horas que falámos sem conseguir interromper os pensamentos, as perguntas, as dúvidas que nos assolavam, bastou para que nos recuperássemos e para que pudéssemos sentir-nos de novo.
- Já entendeste porque fugi de ti? - Não. O que entendi foi que andaste a perder o tempo que já poderíamos ter usado e apenas para acabares aqui, comigo outra vez.
Não houve promessas, não ainda, apenas desejos que desta vez vamos fazer por concretizar. Estou a caminho, sinto o coração aos saltos de ansiedade, quero ser tocada e beijada por quem um dia reconheci. Beijada e amada até que me doa por dentro, até que todo este tempo sem o ter se reponha e até que me seja devolvido o que já merecia ter há muito!
Se me deixares, prometo que tento, que não complico e que deixo correr!
Já entendi que não controlo nada, nem mesmo o que sinto e por isso não adianta, não tenho porque meter outra mudança, a minha vida, a nossa, não vai seguir mais veloz por isso. Preciso de parar de avaliar, de querer entender e de te querer ler a cada olhar. Tenho que saber parar de achar que tudo o que dizes, ou decides calar, terá uma razão de peso, porque a tua ligeireza de sentimentos e o facto de me veres de forma tão natural na tua vida, tranquiliza-te como deveria estar também eu,
Se me deixares, eu começo do início. Refaço tudo o que derramei até aqui e espero, de forma tranquila, para que me digas como se faz. Sinto-te a sorrir e a duvidar do que te ofereço, talvez porque já estejas uns degraus acima. Talvez porque a minha velocidade de pensamento, a forma como quero sempre tudo de forma intensa, no fundo seja o que te deixa vivo e a sentir que valho a pena.
Se me deixares, vou prometer que te permitirei seguir livre, para seres o que já vi antes e gostei, tanto, que ainda aqui estou!
Se me deixares, prometo que tento, que não complico e que deixo correr!
Já entendi que não controlo nada, nem mesmo o que sinto e por isso não adianta, não tenho porque meter outra mudança, a minha vida, a nossa, não vai seguir mais veloz por isso. Preciso de parar de avaliar, de querer entender e de te querer ler a cada olhar. Tenho que saber parar de achar que tudo o que dizes, ou decides calar, terá uma razão de peso, porque a tua ligeireza de sentimentos e o facto de me veres de forma tão natural na tua vida, tranquiliza-te como deveria estar também eu,
Se me deixares, eu começo do início. Refaço tudo o que derramei até aqui e espero, de forma tranquila, para que me digas como se faz. Sinto-te a sorrir e a duvidar do que te ofereço, talvez porque já estejas uns degraus acima. Talvez porque a minha velocidade de pensamento, a forma como quero sempre tudo de forma intensa, no fundo seja o que te deixa vivo e a sentir que valho a pena.
Se me deixares, vou prometer que te permitirei seguir livre, para seres o que já vi antes e gostei, tanto, que ainda aqui estou!
O que é que te posso dizer? Que aceites o que sentes, que não te escudes em ideias que criaste sobre o certo e o errado, porque nem sempre tudo é assim tão linear!
As situações de cada um serão o que são, servindo ou não aos outros, porque cada um de nós é feito de uma medida certa, e ao contrário do que achava antes, não importa se somos homens ou mulheres, iremos ter sempre alguns pontos em comum e outros tão diferentes, que avaliá-los terá que passar por muito rigor e conhecimento.
Sei que pareço estar a "largar" conversa de psicóloga, mas também sei que deves parar de olhar para o que faço, pelo menos na totalidade e que só deverás usar, utilizar e filtrar o que valer a pena e o que de alguma forma se encaixe em ti e no que esperas. Falar ajuda, chorar cura, mas amar e perdoar trará o que precisamos para olhar o futuro e para não estagnarmos, vivendo no tempo errado.
Quero que aceites que podes ser frágil e que deves pedir que te protejam, sobretudo de ti mesma. Arrisca, não desistas, não ainda, porque até prova em contrário, todos poderão ser o que continuamos a sonhar.
O que é que te posso dizer? Que aceites o que sentes, que não te escudes em ideias que criaste sobre o certo e o errado, porque nem sempre tudo é assim tão linear!
As situações de cada um serão o que são, servindo ou não aos outros, porque cada um de nós é feito de uma medida certa, e ao contrário do que achava antes, não importa se somos homens ou mulheres, iremos ter sempre alguns pontos em comum e outros tão diferentes, que avaliá-los terá que passar por muito rigor e conhecimento.
Sei que pareço estar a "largar" conversa de psicóloga, mas também sei que deves parar de olhar para o que faço, pelo menos na totalidade e que só deverás usar, utilizar e filtrar o que valer a pena e o que de alguma forma se encaixe em ti e no que esperas. Falar ajuda, chorar cura, mas amar e perdoar trará o que precisamos para olhar o futuro e para não estagnarmos, vivendo no tempo errado.
Quero que aceites que podes ser frágil e que deves pedir que te protejam, sobretudo de ti mesma. Arrisca, não desistas, não ainda, porque até prova em contrário, todos poderão ser o que continuamos a sonhar.