O que escolhes fazer quando não pareces fazer o suficiente? Não podes, nem deves, acordar apenas para sobreviver aos dias, porque nada te será devolvido se não souberes como pedir o que já tinhas. Nenhuma outra forma de ti acontecerá se permaneceres assim, incapaz de te mudar e aceitar que ou evoluis ou te perdes.
Porque é que te adias, adiando o teu percurso? Até quando fechas os olhos e escolhes não ver o que a vida te oferece, mesmo que por vezes de forma dolorosa, nada será interrompido por não estares pronta. Deixa seguir quem já te abandonou. Aceita as incapacidades de quem carrega mais medos do que esperança. Perdoa as paragens a meio do percurso e encontra, sozinha, o que te levará ao teu lugar. Pergunta menos, até porque já tiveste todas as respostas e és muito mais do que mostras. Mais intuitiva e focada. Mais determinada e segura. Mais envolta em compaixão e amor do que aquele que consegues mostrar. És a tua maior conquista, por isso mesmo não te deixes perder de ti e enfrenta o que te fará crescer.
Porque é que te adias, se afinal adiar não te restaura, nem cura da dor que tu mesma te infligiste? Precisas de parar de esperar demasiado dos outros. Tens que saber, e por esta altura já deverias, que ninguém mudará para que caibas inteira e sem mazelas de maior. Porque é que te adias, aceitando as metades que nunca bastarão, mesmo que decidas amar por dois e duplicar a intenção? Não escolhas as cores que não te iluminam o rosto, usa da tua luz própria e oferece-nos a todos o teu melhor, porque acabarás a receber cada pedaço de volta.
Porque é que te adias menina bonita, quando afinal já tens tudo o que precisas
O que escolhes fazer quando não pareces fazer o suficiente? Não podes, nem deves, acordar apenas para sobreviver aos dias, porque nada te será devolvido se não souberes como pedir o que já tinhas. Nenhuma outra forma de ti acontecerá se permaneceres assim, incapaz de te mudar e aceitar que ou evoluis ou te perdes.
Porque é que te adias, adiando o teu percurso? Até quando fechas os olhos e escolhes não ver o que a vida te oferece, mesmo que por vezes de forma dolorosa, nada será interrompido por não estares pronta. Deixa seguir quem já te abandonou. Aceita as incapacidades de quem carrega mais medos do que esperança. Perdoa as paragens a meio do percurso e encontra, sozinha, o que te levará ao teu lugar. Pergunta menos, até porque já tiveste todas as respostas e és muito mais do que mostras. Mais intuitiva e focada. Mais determinada e segura. Mais envolta em compaixão e amor do que aquele que consegues mostrar. És a tua maior conquista, por isso mesmo não te deixes perder de ti e enfrenta o que te fará crescer.
Porque é que te adias, se afinal adiar não te restaura, nem cura da dor que tu mesma te infligiste? Precisas de parar de esperar demasiado dos outros. Tens que saber, e por esta altura já deverias, que ninguém mudará para que caibas inteira e sem mazelas de maior. Porque é que te adias, aceitando as metades que nunca bastarão, mesmo que decidas amar por dois e duplicar a intenção? Não escolhas as cores que não te iluminam o rosto, usa da tua luz própria e oferece-nos a todos o teu melhor, porque acabarás a receber cada pedaço de volta.
Porque é que te adias menina bonita, quando afinal já tens tudo o que precisas
Quando a resposta inevitável é o não, ficas sem muitas mais opções e resignas-te, na maioria das vezes, à sua inevitabilidade. Sabes quem és, porque fizeste o trabalho de casa e recusas mudar uma vírgula à tua condição, sabendo que mal fraquejes te irás arrepender, irremediavelmente.
Tenho que dizer-te que não e faço-o sempre com um olhar determinado. Dizes que não entendes, mesmo que te sinta o medo e que a nossa envolvência nos remeta para a recusa de ambos. Eu porque sou a mais determinada e tu porque te assusto, sei que sim e nem preciso de o ouvir de ti. Aprendemos ambos que não podemos ter tudo o que desejamos e mesmo que lutar seja opção, por vezes a batalha é totalmente perdida.
Gostava de poder apenas ir, sentir e decidir. Gostava de saber que me bastaria gostar para que tudo fosse natural e fácil. Gostava de arrojar e fazer o que nunca me permiti antes, mas talvez não goste o suficiente de quem aparentemente gosta de mim para que a aventura comece. Gostava de não me julgar tanto, até porque o que tenho dentro me grita que o caminho, por agora, passa por ti...
Não fosse a gravidade a puxar-me, impiedosa, e talvez até que me elevasse, bem alto, para ver mais e melhor. Não fosse a metade mais importante de mim a vergar-me, e deixaria que a minha coragem me provasse certa. Não fosse já estar bem para lá do tempo dos outros e até que recuaria para viver apenas este, saboreando o que me deveria ser permitido, porque certamente que o mereço. Não fosse também eu ter medo e ficarias a saber que já sei o bastante para que a viagem possa começar!
Quando a resposta inevitável é o não, ficas sem muitas mais opções e resignas-te, na maioria das vezes, à sua inevitabilidade. Sabes quem és, porque fizeste o trabalho de casa e recusas mudar uma vírgula à tua condição, sabendo que mal fraquejes te irás arrepender, irremediavelmente.
Tenho que dizer-te que não e faço-o sempre com um olhar determinado. Dizes que não entendes, mesmo que te sinta o medo e que a nossa envolvência nos remeta para a recusa de ambos. Eu porque sou a mais determinada e tu porque te assusto, sei que sim e nem preciso de o ouvir de ti. Aprendemos ambos que não podemos ter tudo o que desejamos e mesmo que lutar seja opção, por vezes a batalha é totalmente perdida.
Gostava de poder apenas ir, sentir e decidir. Gostava de saber que me bastaria gostar para que tudo fosse natural e fácil. Gostava de arrojar e fazer o que nunca me permiti antes, mas talvez não goste o suficiente de quem aparentemente gosta de mim para que a aventura comece. Gostava de não me julgar tanto, até porque o que tenho dentro me grita que o caminho, por agora, passa por ti...
Não fosse a gravidade a puxar-me, impiedosa, e talvez até que me elevasse, bem alto, para ver mais e melhor. Não fosse a metade mais importante de mim a vergar-me, e deixaria que a minha coragem me provasse certa. Não fosse já estar bem para lá do tempo dos outros e até que recuaria para viver apenas este, saboreando o que me deveria ser permitido, porque certamente que o mereço. Não fosse também eu ter medo e ficarias a saber que já sei o bastante para que a viagem possa começar!
De que forma consigo apreender o meu novo eu? Como é que passo a gerir o tempo que agora sobra e que é inteiramente meu, quando o mesmo se afunilava e quase que me impedia de respirar? Quem sou, ou o que posso ser afinal, se aparentemente já posso ser tudo?
Tudo o que é nosso chega, sobretudo o tempo, basta que saibamos como nos conduzir, aguardando pelo momento em que os momentos dos outros os absorverão o suficiente para que nos deixem mais livres. Tudo o que semeamos será colhido e o modo como acabarão por florescer tem a ver com a nossa dedicação e empenho.
Há meio século que cuido dos outros, olho para o lado de lá de mim e aguardo pelos meus momentos, sem demasiada pressa, porque sabia que chegariam. Passei do auge da ansiedade e da urgência, para o silêncio instalado e por rotinas que me visam fundamentalmente. Tenho que me saber redireccionar, recuperando o que tinha na lista, mas que agora se pode tornar realidade. Preciso de ligar botões há muito esquecidos e assim recuperar a mulher, não que ela tivesse deixado de existir, mas agora está claramente mais viva.
Quem posso ser agora? Será que posso mesmo tudo e o desejo, ou vou simplesmente reajustar-me de forma tranquila e sem pressas? Acredito que as respostas irão chegar quando me fizerem falta!
De que forma consigo apreender o meu novo eu? Como é que passo a gerir o tempo que agora sobra e que é inteiramente meu, quando o mesmo se afunilava e quase que me impedia de respirar? Quem sou, ou o que posso ser afinal, se aparentemente já posso ser tudo?
Tudo o que é nosso chega, sobretudo o tempo, basta que saibamos como nos conduzir, aguardando pelo momento em que os momentos dos outros os absorverão o suficiente para que nos deixem mais livres. Tudo o que semeamos será colhido e o modo como acabarão por florescer tem a ver com a nossa dedicação e empenho.
Há meio século que cuido dos outros, olho para o lado de lá de mim e aguardo pelos meus momentos, sem demasiada pressa, porque sabia que chegariam. Passei do auge da ansiedade e da urgência, para o silêncio instalado e por rotinas que me visam fundamentalmente. Tenho que me saber redireccionar, recuperando o que tinha na lista, mas que agora se pode tornar realidade. Preciso de ligar botões há muito esquecidos e assim recuperar a mulher, não que ela tivesse deixado de existir, mas agora está claramente mais viva.
Quem posso ser agora? Será que posso mesmo tudo e o desejo, ou vou simplesmente reajustar-me de forma tranquila e sem pressas? Acredito que as respostas irão chegar quando me fizerem falta!
Quando acho que só pode piorar, eis que apareces tu e amenizas as minhas dores, arranjando forma de que guarde para mim o que me estava a magoar e o dia consegue terminar de forma serena. Mas
ontem correu mal, porque teimámos, só não fizemos apostas porque não somos machos, não jogamos às cartas a dinheiro, mas teimámos sobre quem teria razão e uma vez mais fui eu. Bem que o teria dispensado, porque gostaria de ter ficado com um sorriso triunfante, não por ter vencido, mas por ter estado tão errada, que o resultado só poderia ser em meu benefício no futuro.
Não adianta olhar para onde nunca estiveste, só me resta aceitar e continuar, porque até sei como se faz, já estive num lugar semelhante e hoje, outra vez recuperada, voltei a ter o poder, a ser eu a controlar o que sentia, sabendo que se for demasiado só poderá fazer-me mal.
A noite foi tranquila, dormi e não sonhei contigo. Acordei sozinha e sem fantasmas, apenas eu comigo, mas gostei da sensação. Um dia estará alguém que passará para além dos meus sonhos e acordará ao meu lado, começando comigo o que saberemos ambos ser possível terminar. Um dia saberei quem és e de que forma nos encaixaremos sem que magoe, sem que seja preciso sofrer e fazer sofrer. Um dia tudo o que sentir e sobre o que escrever, ter-te-à no fundo, em cada sílaba e estarei a sorrir de cada vez que o fizer. Por agora vou esperar, porque talvez ainda não esteja pronta para ti!
Quando acho que só pode piorar, eis que apareces tu e amenizas as minhas dores, arranjando forma de que guarde para mim o que me estava a magoar e o dia consegue terminar de forma serena. Mas
ontem correu mal, porque teimámos, só não fizemos apostas porque não somos machos, não jogamos às cartas a dinheiro, mas teimámos sobre quem teria razão e uma vez mais fui eu. Bem que o teria dispensado, porque gostaria de ter ficado com um sorriso triunfante, não por ter vencido, mas por ter estado tão errada, que o resultado só poderia ser em meu benefício no futuro.
Não adianta olhar para onde nunca estiveste, só me resta aceitar e continuar, porque até sei como se faz, já estive num lugar semelhante e hoje, outra vez recuperada, voltei a ter o poder, a ser eu a controlar o que sentia, sabendo que se for demasiado só poderá fazer-me mal.
A noite foi tranquila, dormi e não sonhei contigo. Acordei sozinha e sem fantasmas, apenas eu comigo, mas gostei da sensação. Um dia estará alguém que passará para além dos meus sonhos e acordará ao meu lado, começando comigo o que saberemos ambos ser possível terminar. Um dia saberei quem és e de que forma nos encaixaremos sem que magoe, sem que seja preciso sofrer e fazer sofrer. Um dia tudo o que sentir e sobre o que escrever, ter-te-à no fundo, em cada sílaba e estarei a sorrir de cada vez que o fizer. Por agora vou esperar, porque talvez ainda não esteja pronta para ti!
O ontem já foi e agora, sentada num vazio que assusta de tão real, num lugar tão preenchido com o que lhe retirei com os pedaços de mim que arranquei mesmo com dores lacinantes, porque me forço a ser desta forma e não de uma outra qualquer, vou respirando descompassada e zangada com os meus receios, infundados ou não, mas que não me deveriam impedir de viver.
Se fujo de mim é por não querer voltar a sentir-me vulnerável. Se for eu ao comando, pelo menos entenderei porque cheguei aqui, porque este lugar consegue ser um dia de muito sol e um outro tão carregado e sombrio, que me faz querer encolher-me e deixar de ser e pensar.
O hoje não é sempre pacífico, ou sequer ligeiro, por norma é uma luta interna, um não querer ir e um desejar conseguir ter a coragem, o desapego e a determinação que farão de mim um ser igual a todos os outros, a que sofre sempre que me oferecerem um não, ou forem incapazes de me sentir verdadeiramente, mas também a real, a que também sabe entregar-se e esperar que dê certo.
Enquanto não me convenço, vou pelo menos sonhando e tentando chegar lá!
O ontem já foi e agora, sentada num vazio que assusta de tão real, num lugar tão preenchido com o que lhe retirei com os pedaços de mim que arranquei mesmo com dores lacinantes, porque me forço a ser desta forma e não de uma outra qualquer, vou respirando descompassada e zangada com os meus receios, infundados ou não, mas que não me deveriam impedir de viver.
Se fujo de mim é por não querer voltar a sentir-me vulnerável. Se for eu ao comando, pelo menos entenderei porque cheguei aqui, porque este lugar consegue ser um dia de muito sol e um outro tão carregado e sombrio, que me faz querer encolher-me e deixar de ser e pensar.
O hoje não é sempre pacífico, ou sequer ligeiro, por norma é uma luta interna, um não querer ir e um desejar conseguir ter a coragem, o desapego e a determinação que farão de mim um ser igual a todos os outros, a que sofre sempre que me oferecerem um não, ou forem incapazes de me sentir verdadeiramente, mas também a real, a que também sabe entregar-se e esperar que dê certo.
Enquanto não me convenço, vou pelo menos sonhando e tentando chegar lá!